quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trabalho com Satisfação


 A satisfação no trabalho, constitui parte fundamental do ser humano. Ter satisfação no trabalho que é feito significa ter prazer em viver. Trabalhar com satisfação é valorizar as pessoas ao seu redor, comunicar-se bem e criar laços de comprometimento e confiança. É no trabalho que a maioria dos brasileiros passa dois terços da sua vida. No entanto, muitos têm dificuldades em entender que o trabalho faz parte também de sua vida familiar. Para muitos, o local de trabalho é de sacrifício, apenas da busca pelo sustento, pelo dinheiro. Essas pessoas pensam que uma vida digna só acontece bem longe do lugar que se tem como sofrimento.

A sociedade criou um estilo de trabalho como algo ruim, negativo. Existem pessoas que, quando estão se preparando para trabalhar, e alguém (esposa, amigo ou filhos...) pergunta “Onde você vai?”, responde logo: “Para o sacrifício, para a tortura”. Outros dizem: “Lá vou eu pagar os pecados”. Se as pessoas parassem para pensar a divisão entre vida no trabalho e vida fora dele, não haveria. O trabalho deve ser visto como lugar de encontro, de união, de compromissos mútuos que alimentam um ambiente favorável e que encoraja os compromissos de interação.

A satisfação no ato de trabalhar é sinônima de realização e isso contagia a equipe. A confiança é um compromisso que parte do indivíduo, no sentido de fazer uma equipe de trabalho que inspire seriedade e certeza no outro. Nesse sentido, a confiança deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma entrega de saber, em que cada um visa à busca de lealdade que se fundamenta no respeito e na convivência social. Quando nos relacionamos uns com os outros, estabelecemos vínculos de compromisso. Nesse sentido, o respeito é a aceitação do outro como um ser diferente em sua forma de ser e autônomo e em sua capacidade de atuar.

Em um ambiente de trabalho em que as pessoas agem pela confiança e não pelo medo, existem integridade, competência, lealdade e abertura. Integridade se refere à honestidade e à confiabilidade. Competência envolve as habilidades e conhecimentos interpessoais do indivíduo, que, bem desenvolvido, motiva a equipe ao crescimento. Lealdade é a capacidade de proteger e defender outra pessoa. Essas competências são adquiridas no decorrer do tempo, de interesses mútuos que partem da abertura de ambas as partes. E a abertura é a certeza de que a pessoa acredita na outra. Esses conceitos valem não só para o contexto do trabalho, mas para a sociedade e, principalmente, para o ambiente familiar, onde acreditamos que é o lugar de total entrega e aceitação do outro.


 
texto tirado desse blog

Homens de Honra


esse é um dos melhores filmes motivacionais e de superação que eu já assisti.

comportamento humano nas organizações


A revolução industrial, sobre o ponto de vista histórico, trouxe transformações vitais para as organizações e para a humanidade. Do ponto de vista da evolução notou-se que houve um rápido avanço não só da tecnologia como também nas grandes descobertas científicas, promovendo um avanço tecnológico industrial de larga escala, e que muitas vezes não possuía suporte para sustenta-las, entre os avanços cita-se: A concentração das unidades produtivas; A expansão da produção e dos setores estratégicos; A padronização da população ativa do país; A superação de precedentes (relações de produção cidade/campo) A tendência à urbanização; O surgimento de novas políticas; etc... A revolução industrial na realidade constituiu uma sociedade basicamente capitalista, onde o fortalecimento da produção possibilitou o desenvolvimento da diversificação das industrias. E com isso não só trouxe um grande desenvolvimento na racionalização e organização do trabalho, como também trouxe um desequilíbrio em várias áreas, entre elas a ecológica e psicológica. Segundo Friedmann, o trabalho assume os seguintes aspectos: Aspecto técnico, que implica em questões da adaptação e de local de trabalho, sob os aspectos sociológicos e fisiológicos. Aspectos fisiológicos - apontando as questões existentes entre o local de trabalho e os aspectos psicossomáticos. Aspecto moral – abordando os aspectos relacionados às atividades sociais humanas considerando as aptidões, as motivações e satisfações humanas. Aspecto social, que considera basicamente as questões do ambiente de trabalho e dos fatores externos (família, sindicatos, partidos políticos, classe social, entre outras). Aspecto econômico, considerando o fator da produção de riquezas e outros fatores como: organização, propriedade, terras, etc. Através dos aspectos citados, friedamamm, conclui que o trabalho é uma ação humanizada exercida num contexto social, que sofre influências oriundas de distintas fontes, o que resulta numa ação recíproca entre o trabalhador e os meios de produção. Na sociedade em que vivemos, grande parte ou até mesmo, quase todo o processo produtivo é realizado dentro das organizações, assim o homem, passa a maior parte do tempo dentro das organizações, onde ele depende para sua vivência, ou seja, necessita dela para aprender, ganhar seu salário, curar suas doenças e obter todo os produtos e serviços de que necessita, assim, dentro de uma visão mais ampla, as organizações acabam por serem unidades sociais ou agrupamentos humanos, a fim de atingir objetivos específicos. Dentro das organizações, o recurso humano, constitui o mais valioso dos recursos, pois as pessoas são dotadas de habilidades, capacidades, conhecimentos, e etc... A complexidade do homem, muitas vezes dificulta a compreensão de sua natureza e de suas ações. A motivação que se completa com a satisfação, ou frustração ou ainda a compensação de suas necessidades, faz com que, o homem seja um ser transacional, voltado para objetivos. Assim, as necessidades humanas, podem ser classificadas como: fisiológicas, sociais, psicológicas culturais e econômicas... portanto a motivação das pessoas produz o clima organizacional e é por este influenciado.

Marcus A. L. Renna

Amor versus Pirâmide de Maslow

Ficheiro:Hierarquia das necessidades de Maslow.svg

A hierarquia de necessidades de Maslow, é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização.

Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritas na pirâmide.
  • necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
  • necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
  • necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
  • necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
  • necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: "What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!" (Tradução: "O que os humanos podem ser, eles devem ser: Eles devem ser verdadeiros com a sua própria natureza).
É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade "... temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais".

Psicanálise

Satisfação no Trabalho: Investimento Seguro

Há bem pouco tempo, felicidade no trabalho era carteira assinada, estabilidade, especialização no que se fazia. Hoje esse sentimento pode ser traduzido em crescimento profissional, qualidade de vida, ambiente propício para o desenvolvimento de pessoas e reconhecimento, entre outras características. Manter-se feliz diante das crises, turbulências e pressões que acometem o mundo atualmente não é uma tarefa fácil, mais deve ser responsabilidade tanto de empresas quanto dos próprios profissionais. Difícil achar uma definição para felicidade, já que o que pode deixar uma pessoa feliz pode também gerar uma reação completamente contraria em outra e o ambiente de trabalho e o espaço onde vários sentimentos contraditórios devem ser administrados diariamente. “Não é fácil definir felicidade”. O que é ser feliz para um não é o mesmo para outro. Precisamos diferenciar o que é ser feliz no trabalho e ser feliz com o trabalho. Nesse cenário complicado, com alto índice de desemprego, para quem esta desempregado arrumar um trabalho já é motivo de felicidade. Para quem esta empregado o fato de ter um trabalho por si só muitas vezes não basta para se sentir feliz. A felicidade é um sentimento muito subjetivo e para alcançar-la tanto na vida pessoal quanto profissional é preciso haver antes de tudo uma pré- disposição individual. “A realização pessoal não pode ser totalmente depositada no emprego e não convém esperar por empresas que patrocinem felicidade. " O QUE FAZER?"; As empresas podem adotar políticas que melhorem o ambiente de trabalho e propicie maior bem- estar a seus funcionários. “Condições saudáveis de trabalho incluem a justiça, a solidariedade, a perspectiva da participação, o tratamento ético, o reconhecimento e a valorização de pessoas. O aprendizado e a qualidade de vida estão sendo mais valorizados dentro das empresas e, principalmente, pelos profissionais. “Estamos falando em satisfação no trabalho. Alguns fatores contribuem para isso, como o desenvolvimento profissional, mas não se trata apenas de um salário melhor ou uma promoção. Trata-se de evoluir do ponto de vista de aprendizado dentro de uma empresa. A qualidade de vida também tem um papel relevante. Muitas vezes as pessoas se dedicam crescer profissionalmente, mas há um custo muito alto, que é o pouco contato com a família, não ver o filho crescer, não ter momentos de lazer. E isso esta começando a pesar muito na hora de avaliar a satisfação dos profissionais. “Um trabalho desafiador, com oportunidade de desenvolvimento, um bom clima organizacional, com processos transparentes são formas de estimular a felicidade no trabalho”. É preciso que as pessoas tenham vontade de aprender e ensinar e que gostem de se relacionar. Na Natura estimulamos o relacionamento entre as pessoas de diversas formas. Acreditamos que a vida é um “encadeamento de relações”.

Por Gilberto Alves, 23 de Janeiro de 2008.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1752143-satisfa%C3%A7%C3%A3o-trabalho-investimento-seguro/#ixzz1PM7sotMG

O "V" dos gansos: exemplos de trabalho em equipe

Formação em "V" no vôo dos gansos.



No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao Sul, formando um grande "V" no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma.

Sabe-se que quando cada um bate as asas move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. A resistência do ar diminui para cada ganso à medida que mais longe fica do cume. Em geral, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha.

Pessoas que tem a mesma direção e sentido de equipe podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil pois se beneficiam do impulso mútuo.

Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra novamente em formação.

Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-nos-íamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.

Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança. Assim todos se ajudam de forma a garantir a sustentabilidade até o seu destino final.

Todos tem seu papel definido, ficando para os gansos de trás o trabalho de grasnar, encorajando os da frente para que mantenham a velocidade.

Quando um ganso adoece ou é ferido, deixa o grupo, e dois outros saem da formação seguindo-o para ajudá-lo e protegê-lo.

Chegamos à conclusão que o vôo dos gansos rumo ao Sul no outono é um grande exemplo de trabalho em equipe, onde todos tem o mesmo objetivo, meta e compromisso com o sucesso.

Sobre o autor: Fabrício Jesus da Silva
Bacharel em Ciência da Computação
 e MBA pela FGV em E-Business 

Satisfação no trabalho


Vídeo curto, mas bastante interessante e aborda a satisfação e também a insatisfação no trabalho.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Liderança

     Quando se fala em grupo, imediatamente se pensa em seu líder, e a maior parte das vezes relaciona-se a liderança com o desempenho e a produtividade do grupo. Para compreender as relações existentes entre lideranças e o desempenho de um grupo, é importante saber, antes de mais nada, o conceito de líder e liderança. O líder é aquele que ocupa o cargo de direção, aquele que gerencia um grupo, que geralmente influencia as pessoas. E, já a liderança é quem tem a capacidade de tomar iniciativas em situações sociais de planejar, organizar a ação e suscitar colaboração e, além de influenciar os demais membros de um grupo, a liderança envolve a aceitação voluntária dessa influência.
     A liderança permite o desenvolvimento de duas abordagens antagônicas: a liderança como característica de um indivíduo que é fundamentada na identificação dos traços individuais, físicos, intelectuais e de personalidade que caracterizam os líderes, o famoso dom. E a liderança como propriedade de um grupo que diz que de acordo com essa teoria a liderança é um fenômeno que surge à medida que o grupo se forma e se desenvolve. O papel que um indivíduo assume dentro de um grupo é determinado pelas necessidades do grupo, como também pelos atributos de personalidade, capacidades e habilidades que caracterizam aquele indivíduo e que são percebidos pelos demais membros.
     Há várias formas de liderança, mas as mais comuns são a autocrática e a democrática. Na autocrática a fixação das diretrizes cabe unicamente ao líder, as técnicas e as providências para o serviço também são determinadas unicamente pelo líder e, também é ele que determina qual tarefa vai ser executada por cada membro do grupo. Na democrática diferentemente da autocrática, todas as diretrizes são objeto de debate e decisão do grupo,sendo apenas estimulado e assistido pelo líder, os membros têm liberdade de trabalhar com quem quiserem e a divisão de tarefas é feita conforme a vontade do grupo. Não há como escolher um estilo de liderança melhor ou pior, mas em estilo mais ou menos adequado existe sim. Nas organizações, constata-se a predominância do conceito de liderança como propriedade do indivíduo. A teoria contingencial da liderança propões estilos diversos de liderança como consequência da interação dos fatores situacionais, individuais e grupais.

Fonte: "Liderança:Processos grupais e o comportamento organizacional" (texto trabalhado em sala)

O melhor vídeo de motivação e liderança



Vídeo Lindo e, que mostra nitidamente exemplos de motivação e de liderança.

Conquistando o impossível

Acredite é hora de vencer
Essa força vem
De dentro de você
Você pode
Até tocar o céu se crer...
Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito
Pra super-herói
Nossos sonhos
A gente é quem constrói...
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível
Pela fé...
Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor...
Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito
Pra super-herói
Nossos sonhos
A gente é quem constrói..
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível
Pela fé...
Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor...
Tantos recordes
Você pode quebrar
As barreiras
Você pode ultrapassar
E vencer...
Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor...
Essa música retrata a motivação, mostra que se formos motivados, podemos quebrar recordes, podemos vencer. Basta termos auto-confiança e, acreditarmos em nós mesmos.

Motivação

A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de fazê-lo. Existem pessoas que pregam a auto-motivação, mas tal termo é erroneamente empregado, já que a motivação é uma força intrínseca, ou seja, interior e o emprego desse prefixo deve ser descartado. 
Segundo Abraham Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de forma hierárquica. Maslow organiza tais necessidades da seguinte forma: 


- Auto-realização 
- Auto-estima 
- Sociais 
- Segurança 
- Fisiológicas 


Tais necessidades devem ser supridas primeiramente no alicerce das necessidades escritas, ou seja, as necessidades fisiológicas são as iniciantes do processo motivacional, porém, cada indivíduo pode sentir necessidades acima das que está executando ou abaixo, o que quer dizer que o processo não é engessado, e sim flexível. 
Para Frederick Herzberg, a motivação é alcançada através de dois fatores: 
Fatores higiênicos que são estímulos externos que melhoram o desempenho e a ação de indivíduos, mas que não consegue motivá-los. 
Fatores motivacionais que são internos, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada indivíduo a partir do reconhecimento e da auto-realização gerada através de seus atos. 
Já David McClelland identificou três necessidades que seriam pontos-chave para a motivação: poder, afiliação e realização. Para McClelland, tais necessidades são “secundárias”, são adquiridas ao longo da vida, mas que trazem prestígio, status e outras sensações que o ser humano gosta de sentir. 
Além dessas teorias citadas acima, existem outras que não foram abordadas.


Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Motivação no trabalho teoria ou necessidade?

Uma grande preocupação das organizações contemporâneas é a questão da motivação no trabalho. Desta forma, a busca de explicações para a motivação do trabalhador em relação ao seu trabalho tem sido tema constante em várias pesquisas efetuadas por cientistas do comportamento humano.

O fenômeno motivacional pode ser entendido, genericamente, como sendo uma fonte de energia interna que direciona ou canaliza o comportamento do indivíduo na busca de determinados objetivos. Este estado interno que energiza o comportamento está diretamente relacionado com as necessidades de cada pessoa, necessidades estas, que variam de indivíduo para indivíduo, em razão das diferenças individuais inerentes ao próprio ser humano. Daí a dificuldade de se estudar e compreender o homem e sua interação com o seu trabalho.

As organizações no âmbito geral são sustentadas por uma gama de recursos, dentre os quais é conveniente destacar a importância dos recursos humanos. Afinal, é o único recurso insubstituível. No entanto, para que as pessoas possam exercer o máximo da sua eficiência nas organizações é necessário que estejam bem motivadas.

A Administração Científica baseava-se na concepção do homoeconomicus, a qual o comportamento das pessoas é motivado apenas pela recompensa salarial e material do trabalho. Esta visão de homem mudou com a tão famosa experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e sua equipe. Ela teve o mérito de demonstrar que o pagamento ou recompensa salarial não é o único fator decisivo na satisfação do indivíduo dentro das situações de trabalho (CHIAVENATO, 2000).

O ser humano não é motivado apenas por estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais e simbólicas. O comportamento humano é determinado por causas que muitas vezes escapam do entendimento do homem. Essas causas chamam-se necessidades ou motivos, que por serem forças consideradas abstratas, levam o indivíduo a um determinado comportamento muitas vezes inexplicável em busca da satisfação de suas necessidades (ELTON MAYO, apud CHIAVENATO, 2000).

Frederick Herzberg, na Teoria dos Dois Fatores diz que os fatores motivacionais são aqueles que fazem com que os indivíduos sintam-se especialmente bem. São eles: crescimento, progresso, responsabilidade, o próprio trabalho, o reconhecimento e a realização (CASADO, 2002). Frederick Herzberg (apud Maximiano, 2000), formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho.

Existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas: fatores higiênicos, ou fatores extrínsecos, pois se localizam no ambiente que rodeia as pessoas abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho, e fatores motivacionais, os quais estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha.

A motivação é absolutamente intrínseca, isto é, nasce das necessidades interiores de cada indivíduo, é uma força, uma energia que impulsiona na direção de alguma coisa (VERGARA, 2000). Não é possível criar necessidades em alguém. A motivação surge a partir das necessidades particulares de cada pessoa, portanto, se não é possível criar necessidades em alguém, também não é possível que uma pessoa motive a outra, pois o que pode ser fator de motivação para alguns indivíduos, pode não ser para outros, em situações semelhantes.

A motivação não é estática. As pessoas não costumam ficar motivadas por muito tempo pelo mesmo fator motivacional. É por este motivo que as organizações devem estar em constante avaliação do grau de motivação dos seus colaboradores, pois o foco de satisfação das necessidades muda continuamente, assim como, o objeto de motivação. A motivação é o fator-chave para o alcance dos objetivos propostos pela organização. Nenhum indivíduo desmotivado envolve-se plenamente em direção ao abarcamento destes objetivos.

Ao se tentar empreender pesquisa no campo da motivação no trabalho é que se constata, na prática, a vastidão e a complexidade que o assunto encerra. Na verdade, quaisquer comentários conclusivos simplistas, decorrentes de generalizações fáceis, podem não passar de meras especulações, não resistindo de modo algum a uma crítica mais rigorosa.

No entanto, as pessoas no ambiente de trabalho não agem somente por causa dos seus impulsos interiores, das necessidades não atendidas ou devido a aplicações de recompensas e punições. Em lugar disso, as pessoas devem ser vistas como indivíduos pensantes cujas crenças, percepções e estimativas de probabilidade influenciam fortemente seus comportamentos. Daí conclui-se que o tema Motivação no Trabalho não se trata apenas de aglomerações teóricas. Trata-se da real necessidade de manter as pessoas em contínuo estado de contentamento, para expandir suas habilidades e competências de forma que o seu ambiente laboral não se torne um local de sofrimento psíquico.

Personalidade

          A personalidade é um conjunto de traços psicológicos com propriedades particulares, relativamente permanentes e organizados de forma própria. Ela se revela na interação do indivíduo com seu meio ambiente e individualiza a maneira de ser, de pensar, de sentir e de agir de cada pessoa. Os hábitos, capacidades, motivos, necessidades e percepções de cada um são características da personalidade.
     Os traços psicológicos podem ser desenvolvidos e modificados. A organização desses traços psicológicos pode   ser profundamente afetada pelo contexto em que o indivíduo vive. O meio pode favorecer ou impedir o ajustamento do indivíduo. As frustrações, as pressões, quer físicas, quer psicológicas, e o stress sob o qual o indivíduo vive são alguns fatores que podem levar à desintegração da personalidade e, portanto, a um desajustamento emocional. A fonte mais comum de frustração é uma barreira ou impedimento à satisfação de um motivo. Podem-se distinguir três tipos principais de barreira: 1- situacional; 2- interpessoal e 3- intrapessoal;

  • Barreiras Situacionais: podem ser de dois tipos: o primeiro deles é a barreira física e, a outra é a ambiguidade, que é caracterizada por uma ausência de indicadores claros que impede o indivíduo de realizar um objetivo;
  • Barreira Interpessoais: são constituídas por uma pessoa ou grupo de pessoas que impedem a satisfação do motivo;
  • Barreira Intrapessoais: também são de dois tipos, o primeiro é observado quando a pessoa não pode atingir seus objetivos devido a alguma deficiência física ou mental ou à ausência de uma habilidade específica. O segundo é caracterizado pela existência de motivos conflitantes da própria pessoa;

      Na abordagem por meio de vários traços psicológicos a personalidade é tomada como uma constelação de traços psicológicos organizados de uma maneira única. O indivíduo possui diferentes traços que, em determinadas situações, são mais ou menos predominantes.
         Para a avaliar a personalidade do indivíduo, mais uma vez manifesta-se a importância da interação do indivíduo com o meio ambiente, ou seja, com o contexto social no qual está inserido. Dependendo do grupo social que o indivíduo pertence, determinados traços psicológicos são considerados negativos ou positivos. As próprias características psicológicas são influenciadas pelo meio, podendo ser modificadas e desenvolvidas O indivíduo pode adquirir novas necessidades e motivações: ele desenvolve suas capacidades, e sua estrutura de personalidade, isto é, a forma pela qual essas características psicológicas se organizam.

      Quanto a influência da estrutura organizacional sobre a personalidade dos indivíduos será maior ou menor, dependendo de suas próprias características de personalidade? os indivíduos mais comprometidos com o poder e o status conformam-se mais, pois seus valores e motivos básicos os levam ao conformismo, à adaptação de seus sentimentos, pensamentos e ações às demandas do contexto social. O impacto das forças da estrutura organizacional na personalidade, entretanto, é menos significativo e profundo quando os indivíduos centram seus objetivos e valores individuais na independência intelectual, em sua auto-realização profissional, em sua liberdade afetiva. Esses indivíduos tornam-se membros mais críticos da organização. trabalham mais para mudar a estrutura organizacional do que para acomodar-se e adaptar-se a ela. Procuram resguardar seus valores.
       A avaliação da personalidade tem sido um dos problemas mais complexos encontrados pelos psicólogos.  A forma mais simples de obter informações sobre uma pessoa é através de uma entrevista que são mais flexíveis e possibilitam o estabelecimento de uma relação amigável entre o entrevistador e o entrevistado e, podem levar à obtenção de maiores informações da pessoa entrevistada. Os questionários também são formas de avaliação de personalidade, o questionário pode ser caracterizado como uma técnica de obtenção de amostras verbais de comportamento em resposta a estímulos verbais. Para diferentes psicólogos, os questionários de personalidade apresentam algumas vantagens: são mais fáceis de aplicar e seus resultados podem ser também facilmente verificados.

Fonte: "Personalidade e Falsa consciência nas organizações" (texto trabalhado em sala de aula)

Freud: A consciência pode conhecer tudo?
Marilena Chauí (profª da USP e autora de vários livros)
(Fonte: Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 83-87)
Freud escreveu que, no transcorrer da modernidade, os humanos foram feridos três vezes e que as feridas atingiram o nosso narcisismo, isto é, a bela imagem que possuíamos de nós mesmos como seres conscientes racionais e com a qual, durante séculos, estivemos encantados. Que feridas foram essas?
A primeira foi a que nos infligiu Copérnico, ao provar que a Terra não estava no centro do Universo e que os homens não eram o centro do mundo. A segunda foi causada por Darwin, ao provar que os homens descendem de um primata, que são apenas um elo na evolução das espécies e não seres especiais, criados por Deus para dominar a Natureza. A terceira foi causada por Freud com a psicanálise, ao mostrar que a consciência é a menor parte e a mais fraca de nossa vida psíquica.
Na obra Cinco ensaios sobre a psicanálise, Freud escreve:
"A Psicanálise propõe mostrar que o Eu não somente não é senhor na sua própria casa, mas também está reduzido a contentar-se com informações raras e fragmentadas daquilo que se passa fora da consciência, no restante da vida psíquica... A divisão do psíquico num psíquico consciente e num psíquico inconsciente constitui a premissa fundamental da psicanálise, sem a qual ela seria incapaz de compreender os processos patológicos, tão freqüentes quanto graves, da vida psíquica e fazê-los entrar no quadro da ciência... A psicanálise se recusa a considerar a consciência como constituindo a essência da vida psíquica, mas nela vê apenas uma qualidade desta, podendo coexistir com outras qualidades e até mesmo faltar. "
A psicanálise - Freud era médico psiquiatra. Seguindo os médicos de sua época, usava a hipnose e a sugestão no tratamento dos doentes mentais, mas sentia-se insatisfeito com os resultados obtidos.
Certa vez, recebeu uma paciente, Ana O., que apresentava sintomas de histeria, isto é, apresentava distúrbios físicos (paralisias, enxaquecas, dores de estômago) sem que houvesse causas físicas para eles, pois eram manifestações corporais de problemas psíquicos.
Em lugar de usar a hipnose e a sugestão, Freud usou um procedimento novo: fazia com que Anna relaxasse num divã e falasse.
Dizia a ela palavras soltas e pedia-lhe que dissesse a primeira palavra que lhe viesse à cabeça ao ouvir a que ele dissera - posteriormente, Freud denominaria esse procedimento de "técnica de associação livre".
Freud percebeu que, em certos momentos, Anna reagia a certas palavras e não pronunciava aquela que lhe viera à cabeça, censurando-a por algum motivo ignorado por ela e por ele. Notou também que, em outras ocasiões, depois de fazer a associação livre de palavras, Anna ficava muito agitada e falava muito. Observou que, certas vezes, algumas palavras a faziam chorar sem motivo aparente e, outras vezes, a faziam lembrar-se de fatos da infância, narrar um sonho que tivera na noite anterior.
Pela conversa, pelas reações da paciente, pelos sonhos narrados e pelas lembranças infantis, Freud descobriu que a vida consciente de Anna era determinada por uma vida inconsciente, que tanto ela quanto ele desconheciam. Compreendeu também que somente interpretando as palavras, os sonhos, as lembranças e os gestos de Anna chegaria a essa vida inconsciente.
Freud descobriu, finalmente, que os sintomas histéricos tinham três finalidades:
  1. contar indiretamente aos outros e a si mesma os sentimentos inconscientes;
  2. punir-se por ter tais sentimentos;
  3. realizar, pela doença e pelo sofrimento, um desejo inconsciente intolerável.
Tratando de outros pacientes, Freud descobriu que, embora conscientemente quisessem a cura, algo neles criava uma barreira, uma resistência inconsciente à cura.
Por quê? Porque os pacientes sentiam-se interiormente ameaçados por alguma coisa dolorosa e temida, algo que haviam penosamente esquecido e que não suportavam lembrar. Freud descobriu, assim, que o esquecimento consciente operava simultaneamente de duas maneiras:
  1. como resistência à terapia;
  2. sob a forma da doença psíquica, pois o inconsciente não esquece e obriga o esquecido a reaparecer sob a forma dos sintomas da neurose e da psicose.
Desenvolvendo com outros pacientes e consigo mesmo esses procedimentos e novas técnicas de interpretação de sintomas, sonhos, lembranças, esquecimentos, Freud foi criando o que chamou de análise da vida psíquica ou psicanálise, cujo objeto central era o estudo do inconsciente e cuja finalidade era a cura de neuroses e psicoses, tendo como método a interpretação e como instrumento a linguagem (tanto a linguagem verbal das palavras quanto a linguagem corporal dos sintomas e dos gestos).
A vida psíquica - Durante toda sua vida, Freud não cessou de reformular a teoria psicanalítica, abandonando alguns conceitos, criando outros, abandonando algumas técnicas terapêuticas e criando outras. Não vamos, aqui, acompanhar a história da formação da psicanálise, mas apresentar algumas de suas principais idéias e inovações.
A vida psíquica é constituída por três instâncias, duas delas inconscientes e apenas uma consciente: o id, superego e o ego (ou o isso, o super-eu e o eu). Os dois primeiros são inconscientes; o terceiro, consciente.
id é formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes, ou seja, pelo que Freud designa como pulsões. Estas são regidas pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. O id é a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer. É a libido.
Instintos, impulsos e desejos, em suma, as pulsões, são de natureza sexual e a sexualidade não se reduz ao ato sexual genital, mas a todos os desejos que pedem e encontram satisfação na totalidade de nosso corpo.
Freud descobriu três fases da sexualidade humana que se diferenciam pelos órgãos que sentem prazer e pelos objetos ou seres que dão prazer. Essas fases se desenvolvem entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos, ligadas ao desenvolvimento do id:
  1. fase oral, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;
  2. fase anal, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas excreções e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;
  3. e a fase genital ou fase fálica, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
No centro do id, determinando toda a vida psíquica, encontra-se o que Freud denominou de complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pelo pai ou pela mãe. É esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas.
superego, também inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente a sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da imagem do "eu ideal" isto é, da pessoa moral, boa o virtuosa. O superego ou censura desenvolve-se num período que Freud designa como período de latência, situado entre os 6 ou 7 anos e o início da puberdade ou adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social, de maneira que, quando a sexualidade genital ressurgir, estará obrigada a seguir o caminho traçado pelo superego.
ego ou o eu é a consciência, pequena parte da vida psíquica, submetida aos desejos do id e à repressão do superego. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. O ego, diz Freud, é "um pobre coitado", espremido entre três escravidões:
os desejos insaciáveis do id,
a severidade repressiva do superego
e os perigos do mundo exterior.
Por esse motivo, a forma fundamental da existência para o ego é a angústia. Se se submeter ao id, torna-se imoral e destrutivo; se se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter à realidade do mundo, será destruído por ele. Cabe ao ego encontrar caminhos para a angústia existencial. Estamos divididos entre o princípio do prazer (que não conhece limites) e oprincípio da realidade (que nos impõe limites externos e internos).
Ao ego-eu, ou seja, à consciência, é dada uma função dupla: ao mesmo tempo recalcar id, satisfazendo o superego, e satisfazer o id, limitando o poderio do superego. A vida consciente normal é o equilíbrio encontrado pela consciência para realizar sua dupla função. A loucura (neuroses e psicoses) é a incapacidade do ego para realizar sua dupla função, seja porque o id ou o superego são excessivamente fortes, seja porque o ego é excessivamente fraco.
O inconsciente, em suas duas formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficaz para a manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto aceitável por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o id ou o superego. Os substitutos são imagens (isto é, representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico, que, ao ocultar e dissimular o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio materno; tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada no lugar do pai ou da mãe).
Além dos substitutos reais (chupeta, argila, pessoa amada), o imaginário inconsciente também oferece outros substitutos, os mais freqüentes sendo os sonhos, os lapsos e os atos falhos. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a satisfação imaginária do desejo.
Alguém sonha, por exemplo, que sobe uma escada, está num naufrágio ou num incêndio. Na realidade, sonhou com uma relação sexual proibida. Alguém quer dizer uma palavra, esquece-a ou se engana, comete um lapso e diz uma outra que nos surpreende, pois nada tem a ver com aquela que se queria dizer. Realizou um desejo proibido. Alguém vai andando por uma rua e, sem querer, torce o pé e quebra o objeto que estava carregando. Realizou um desejo proibido.
A vida psíquica dá sentido e coloração afetivo sexual a todos os objetos e a todas as pessoas que nos rodeiam e entre os quais vivemos. Por isso, sem que saibamos por que, desejamos e amamos certas coisas e pessoas, odiamos e tememos outras. As coisas e os outros são investidos por nosso inconsciente com cargas afetivas de libido. É por esse motivo que certas coisas, certos sons, certas cores, certos animais, certas situações nos enchem de pavor, enquanto outros nos enchem de bem-estar, sem que o possamos explicar. A origem das simpatias e antipatias, amores e ódios, medos e prazeres está em nossa mais tenra infância, em geral nos primeiros meses e anos de nossa vida, quando se formam as relações afetivas fundamentais e o complexo de Édipo.
Essa dimensão imaginária de nossa vida psíquica - substituições, sonhos, lapsos, atos falhos, prazer e desprazer com objetos e pessoas, medo ou bem-estar com objetos ou pessoas - indica que os recursos inconscientes para surgir indiretamente à consciência possuem dois níveis:
  • o nível do conteúdo manifesto (escada, mar e incêndio, no sonho; a palavra esquecida e a pronunciada, no lapso; pé torcido ou objeto partido, no ato falho; afetos contrários por coisas e pessoas)
  • e o nível do conteúdo latente, que é o conteúdo inconsciente real e oculto (os desejos sexuais).
Nossa vida normal se passa no plano dos conteúdos manifestos e, portanto, no imaginário. Somente uma análise psíquica e psicológica desses conteúdos, por meio de técnicas especiais (trazidas pela psicanálise), nos permite decifrar o conteúdo latente que se dissimula sob o conteúdo manifesto.
Além dos recursos individuais cotidianos; que nosso inconsciente usa para manifestar-se, e além dos recursos extremos e dolorosos usados na loucura (nela, os recursos são os sintomas), existe um outro recurso, de enorme importância para a vida cultural e social, isto é, para a existência coletiva. Trata-se do que Freud designa com o nome de sublimação.
Na sublimação, os desejos inconscientes são transformados em uma outra coisa, exprimem-se pela criação de uma outra coisa: as obras de arte, as ciências, a religião, a filosofia, as técnicas, as instituições sociais e as ações políticas. Artistas, místicos, pensadores, escritores, cientistas, líderes políticos satisfazem seus desejos pela sublimação e, portanto, pela realização de obras e pela criação de instituições religiosas, sociais, políticas, etc.
Porém, assim como a loucura é a impossibilidade do ego para realizar sua dupla função, também a sublimação pode não ser alcançada e, em seu lugar, surgir uma perversão social ou coletiva, uma loucura social ou coletiva. O nazismo é um exemplo de perversão, em vez de sublimação. A propaganda, que induz em nós falsos desejos sexuais pela multiplicação das imagens de prazer, é outro exemplo de perversão ou de incapacidade para a sublimação.
O inconsciente, diz Freud, não é o subconsciente. Este é aquele grau da consciência como consciência passiva e consciência vivida não-reflexiva, podendo tornar-se plenamente consciente. O inconsciente, ao contrário, jamais será consciente diretamente, podendo ser captado apenas indiretamente e por meio de técnicas especiais de interpretação desenvolvidas pela psicanálise.
A psicanálise descobriu, assim, uma poderosa limitação às pretensões da consciência para dominar e controlar a realidade e o conhecimento. Paradoxalmente, porém, nos revelou a capacidade fantástica da razão e do pensamento para ousar atravessar proibições e repressões e buscar a verdade, mesmo que para isso seja preciso desmontar a bela imagem que os seres humanos têm de si mesmos.
Longe de desvalorizar a teoria do conhecimento, a psicanálise exige do pensamento que não faça concessões às idéias estabelecidas, à moral vigente, aos preconceitos e às opiniões de nossa sociedade, mas que os enfrente em nome da própria razão e do pensamento.
A consciência é frágil, mas é ela que decide e aceita correr o risco da angústia e o risco de desvendar e decifrar o inconsciente. Aceita e decide enfrentar a angústia para chegar ao conhecimento de que somos um caniço pensante, como disse o filósofo Pascal.

Liderança

Livro - O Monge e o Executivo


Tive a oportunidade de ler este livro e recomendo pra quem ainda não leu, o livro narra a história de John Daily, um executivo bem sucedido, técnico voluntário de um time de beisebol, casado e pai de dois filhos. Desde o início de sua vida John se via perseguido por um nome: “Simeão”. De todos os fatos e coincidências, ele não compreendia porque, sempre ao longe dos anos, tinha o mesmo sonho que lhe transmitia a mesma mensagem: “Ache Simeão e ouça-o!”.

Após um movimento sindical em sua fábrica, as constantes reclamações de sua esposa e a insubordinação de seus filhos, John começa a ver que nem tudo estava como planejara. Diante disso sua esposa sugere que ele vá se aconselhar com o pastor de sua igreja, que o indica a participar de um retiro num pequeno e relativamente desconhecido mosteiro cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan.

Uma das coisas que despertou seu interesse foi o fato do lendário Len Hoffman, um ex-executivo, ser um dos frades do local. Apesar de sua resistência, o receio de perder sua família, decidiu ir. Ao chegar foi recepcionado por padre Peter, e ao indagar sobre a programação descobriu que Len Hoffman seria responsável pelo curso de liderança, porém o que mais lhe surpreendeu foi o nome que Len tinha recebido no mosteiro: “Simeão”.

Durante as aulas ministradas, o debate inicial foi sobre a diferença entre poder e autoridade, e o conceito de liderança. Na continuidade discutiram sobre o velho e o novo paradigma, como não ter o cliente como inimigo, mas como aliado. Foi colocada a questão dos modelos de liderança dos quais Len acredita que a autoridade sempre se estabelece ao servir aos outros e sacrificar-se por eles, e isso trouxe a reunião questionamentos sobre o ato de amar, que, na visão de um líder, deve ser traduzido pelo comportamento e pela escolha, na união do falar e do fazer, deixando de lado o sentimento.

Mais conhecido como Amor Agapé, a bondade, o respeito e a paciência são uma de suas principais características. Sinônimo de liderança, este conceito, aqui, significa o que você faz e não o que você sente, ou seja, você pode odiar uma pessoa mais pode agir com amor. Sobre o ambiente foi ressaltada a importância do bom cultivo para uma boa colheita, que só podemos colher os frutos que plantamos, e que no âmbito profissional o ambiente de trabalho tem que ser saudável para estimular os funcionários.

A práxis ocorre quando um comportamento influencia nossos pensamentos e sentimentos. Quando nos comprometemos a amar alguém e a nos doar a quem servimos, e analisamos as nossas ações e comportamentos com esse compromisso, com o passar do tempo desenvolveremos sentimentos positivos por essa pessoa.

Exemplo

Exemplo: quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção.

Na última reunião Len e o grupo conversaram sobre recompensas, após debaterem sobre o assunto chegaram a conclusão que a disciplina exigida para liderar com autoridade nos trará ganhos e benefícios, e que a recompensa da alegria é algo que traz satisfação interior e convicção de saber que você está verdadeiramente em sintonia com os princípios profundos e permanentes da vida.

Amar aos outros, doar-nos e liderar com autoridade nos força a quebrar nossos muros de egoísmo e ir ao encontro das pessoas. No livro “O monge e executivo” o autor James C. Hunter nos mostra todos os requisitos para nos tornarmos um líder ideal. Quando tentamos trazer à memória os líderes que nos marcaram, tanto sociais como empresariais, nos deparamos em pessoas que tinham ou tem algo cativante, diferente. O autor expressa em um texto fluido e emocionante este algo mais. 

Motivação


“A motivação está na raiz do comportamento”. Muitas vezes damos por nós a perguntar porque actuamos desta ou daquela maneira, ou seja, o que nos impulsionou a fazer isto ou aquilo, o que orientou o nosso comportamento neste sentido e não noutro qualquer? A motivação aparece associada à resposta a estas perguntas, esta não desencadeia a necessidade, mas orienta o comportamento em direcção a um objectivo.
A “energia” que se encontra na origem das nossas actividades, dos nossos comportamentos, é a motivação associada às funções cognitivas e às relações entre o sujeito e o mundo. Não é possível falar em motivação sem referir que esta é personalizada em função de cada um de nós, da nossa história pessoal, do modo como pensamos os outros e o mundo, dos nossos projectos de vida. Muitas vezes a motivação pode vir de nós mesmos, ou seja é algo mais interno, mais pessoal, fazemos algo por prazer, porque é importante para nós, por outro lado, a motivação pode vir do exterior, ou seja fazemos algo porque isso vai agradar a alguém e esse alguém é importante para nós. A motivação intrínseca é bastante mais desejável para que o envolvimento numa actividade seja feito com sucesso e dedicação.
A motivação tem por tudo o que já referi um papel muito importante na aprendizagem: o desejo de aprender é um factor decisivo. Motivado, o sujeito tem uma atitude activa no processo de aprendizagem. Se uma pessoa estiver empenhada em atingir um determinado objectivo consegue-o mais depressa e melhor do que se tiver pouco investimento. A motivação pode ser a curto prazo: conseguir melhorar no próximo teste de geografia; ou, a longo prazo: profissionalizar-se em cabeleireiro… pode também falar-se em motivação para iniciar, continuar ou finalizar uma aprendizagem.

Bibliografia

· MONTEIRO, Manuela Matos & FERREIRA, Pedro Tavares, 2007. Ser Humano – 2ª parte Psicologia B 12º ano. Porto Editora, Porto.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Filme: Vida de Inseto


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“Vida de Inseto” é um flime simplesmente maravilhoso. O filme é recheado de mensagens que parecem inspiradas no competitivo mundo das organizações. Uma aula de gestão de recursos humanos. Afinal, não existe empresa de uma só pessoa. O trabalho em equipe é a essência de uma organização. Quando pensamos em equipes, naturalmente pensamos em liderança. Todavia, a idéia de liderança ainda é mal compreendida por um grande número de “supostos líderes”.

O líder de um grupo não é necessariamente aquele que está no comando. Existem donos de empresas, diretores e gerentes que não lideram seus times. A liderança também nem sempre é positiva; existem pessoas que podem liderar um grupo para o fracasso coletivo. Líderes jamais são impostos: a liderança é algo que é percebida e aceita muitas vezes de forma subconsciente. O líder que precisa mostrar documento para provar que manda é apenas uma figura emblemática, não um verdadeiro líder. Nem sempre o líder é o mais simpático; ou o mais inteligente; muitas vezes ele nem mesmo é o mais competente. Ele simplesmente lidera – e a equipe inteira o tem como modelo e o segue.

A liderança também é situacional e depende de fatores externos. Um líder em determinada situação pode ser o liderado em outra. Afinal, pessoas têm perfis, personalidades e caracteres diferentes.

No filme em questão, o personagem principal, a formiguinha Flik, é um grande exemplo disso. Em sua colônia ele é totalmente desprezado. Porém, sua equipe de insetos, arregimentada para salvar as formigas da exploração dos gafanhotos, segue-o fielmente.

Entretanto, há um aspecto destacado pelo filme que é para mim o mais importante. A construção do espírito de união. Aí, sobressai-se imediatamente a questão do objetivo comum. Mas há ainda um ponto, muito bem explorado no filme, e muito mal nas empresas, que é o reconhecimento e a aceitação das diferenças. Um besouro, uma borboleta, um louva-a-deus, um bicho-pau, uma joaninha, uma larva e uma formiga, unem-se para derrotar a praga dos gafanhotos. Cada um com seu potencial. Cada um com sua fraqueza. Porém, nem por isso menosprezado. Em uma equipe não existe elemento descartável. Todos somam com o que podem, no momento que podem. Os líderes sabem como aproveitar essas diferenças em prol dos objetivos do grupo e produzir sinergia! É muito fácil trocar e tirar um elemento destoante. O líder, todavia, sabe “afinar” sua equipe, obtendo a melhor harmonia necessária. Se algum membro não está tendo o rendimento esperado, um grupo bem liderado sabe como ajustar-se para correção do rumo. Pois o problema de um, é problema de todos! Em um grupo bem liderado, o sentimento de unidade entre os membros supera o individualismo. É como uma família: você demitiria sua mãe ou seu filho colocando um elemento novo em seu lugar?

Ainda existem empresas em que insetos são mais bem tratados do que os colaboradores. Se você é empresário ou ocupa algum cargo de liderança deve estar querendo me perguntar qual é a solução. O que eu posso garantir é que nos tempos de hoje não há mais lugar para autoritarismo. Um clima de confiança é bem mais produtivo. Assista “Vida de inseto” e promova uma revolução de humanidade em sua empresa. Reconheça as lideranças existentes, valorize a diversidade, reúna todos em torno de um mesmo objetivo e semeie união e respeito. Torne todos responsáveis por cada um; e cada um responsável pelo resultado de todos. Como na bela fábula “Vida de Inseto”, você também conquistará a vitória.

Retirado so site: ARTIGOS CARLOS VONSOSHTEN.

Revisão literária sobre a satisfação dos clientes



“Satisfação é o sentimento de prazer ou de desa­pontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em rela­ção às expectativas da pessoa” (KOTLER, 1998, p.53).

A satisfação é percebida quando se adquire um produto ou serviço, mediante o que ele irá proporcionar para melhor atender as necessidades.

Segundo Kotler (2007), a satisfação consiste em sensações de prazeres ou desapontamentos resultantes da comparação de desempenho percebido de um produto em relação às expectativas dos consumidores.
A satisfação do consumidor depois de adquirir um determinado produto ou serviço, depende do desempenho da oferta em relação às suas expectativas. Então, se o desempenho após a prestação do serviço, não for alcançado e nem a sua expectativa de consumo, ele ficará insatisfeito.

A empresa, oferecendo produtos de qualidade para alcançar as expectativas e saciando as necessidades dos clientes, já dá o primeiro passo para conseguir sua permanência no mercado.

Os clientes são capazes de impulsionar ou derrubar um negócio. Um cliente pode ser uma organização, uma empresa, um usuário dos produtos/serviços ou um consumidor final. É quem compra os produtos/serviços oferecidos pela empresa na ponta final da cadeia de transações. É ele quem determina direta ou indiretamente se o negócio será bem-sucedido ou não. Por essa razão, o cliente deve ser encarado como o principal patrimônio da empresa (CHIAVENATO, 2007, p.207).

“A satisfação do cliente começa com o presidente servindo de modelo - falando, ouvindo, respondendo, respeitando, criando e vivendo o ambiente e deixando a porta aberta para todos os funcionários em todos os momentos” (DESANTNICK, 1995, p. 3).

A satisfação do cliente está relacionada com o sentimento na realização da compra. Para Kotler (2007), a satisfação pode resultar num cliente encantado e altamente satisfeito. Sendo assim, a retenção dos clientes torna-se fundamental para o sucesso da empresa.

A satisfação do cliente [grifo do autor] com uma compra depende do desempenho real do produto em relação às expectativas do comprador. O cliente pode experimentar vários graus de satisfação. Se o desempenho do produto ficar abaixo de suas expectativas, ele fica insatisfeito. Se o desempenho ficar à altura de suas expectativas, fica satisfeito. Se o desempenho exceder as expectativas, fica extremamente satisfeito ou encantado (KOTLER, 2006, p.476). 

“Não importa apenas saber quem é o cliente, mas como ele é: quais são as suas características, seus hábitos de compra, suas preferências, suas expectativas etc” [...] (CHIAVENATO, 2007, p.209).

Examinando cuidadosamente os comportamentos dos clientes fiéis, a empresa terá as informações que necessita para permitir um melhor gerenciamento dos dados presentes e futuros. Sendo assim, a empresa irá monitorar e equilibrar as transações com seus clientes no momento da negociação, evitando a insatisfação e promovendo a satisfação, de modo que consiga novos clientes e a sua retenção.

Por: JUDNEY DE OLIVEIRA VARGAS

T e n t e !



Você nunca sabe

até o momento em que tenta.

E você nunca tenta

a menos que tente de verdade.

Você dá o melhor de si;

você dá o melhor que pode.

E se você já fez tudo

que estava ao seu alcance

e, mesmo assim, falhou

a verdade é que você

ainda não falhou completamente.

Quando você estende sua mão

para alcançar seus sonhos

não importa o que eles possam ser,

você cresce por estar tentando;

você aprende por tentar;

você vence por fazer.


(Laine Parsons)

Satisfação dos colaboradores: um item essencial nas organizações



Um dos assuntos corporativos em voga é a gestão do capital humano de uma organização, graças principalmente à publicação de guias e listas das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Nelas são mostradas as ferramentas que as campeãs estão utilizando pra dar aos funcionários as melhores condições de trabalho possíveis.

Entre os destaques está o ambiente corporativo. Ter um bom ambiente de trabalho faz bem tanto ao empregado quanto à empresa como um todo, já que ele quando está feliz produz mais e melhor, além de tratar clientes e fornecedores com maior cordialidade.

E tem mais: funcionários satisfeitos adoecem menos, fazendo a empresa gastar menos com planos de saúde, medicamentos e diminuindo os prejuízos com faltas e retrabalhos.

Mas como é um ambiente corporativo saudável?

Além de ser um local físico agradável, com temperatura e umidade amenas, um bom escritório deve dar ao colaborador todas as ferramentas de trabalho. Por isso é necessário ter em mente os 5s, principalmente o senso de limpeza, já que um bom tempo é desperdiçado ao se procurar documentos, por exemplo.

A relação entre as pessoas dentro do escritório também deve ser saudável – e isso pode ser treinado e incentivado com dinâmicas, reuniões informais, programas de integração, entre outros. O chefe que grita, humilha o funcionário e não reconhece os resultados alcançados está em extinção, dando lugar àquele que sabe cobrar sem precisar levantar a voz ou socar a mesa. O bom chefe é o facilitador, que faz o possível para deixar a vida do colaborador mais fácil para realizar o trabalho da melhor forma.

A cultura da organização deve sempre levar em conta a satisfação da equipe de funcionários. Afinal, os benefícios são aproveitados pela empresa como um todo. 

texto retirado do blog: ISO fácil

Liderança nas Organizações



Pode-se entender a liderança como a capacidade para influenciar pessoas. Exatamente. Liderança e influência são duas palavras bem próximas, porém, não se trata aqui de uma influência simplesmente, no sentido mais restrito da palavra, mas sim, algo diretamente ligado a uma espécie de "conscientização" das pessoas, pensando grosso modo.

Trata-se de liderança uma atitude capaz de obter das pessoas o que elas têm de melhor, em prol de um objetivo único, normalmente, o desígnio do grupo ao qual fazem parte.
Vale ressaltar aqui, que a pessoa considerada líder pode, algumas vezes, não ter o que chamamos de "liderança formal", ou seja, aquela dada formalmente por uma empresa, posição social, familiar, entre outras. Mas sim, pode deter apenas o reconhecimento e validação dos demais e deste modo ocupar o lugar do que conhecemos também como "liderança informal". Isso justifica o velho jargão comparativo de que "nem sempre o chefe (liderança formal) é quem lidera o grupo (liderança informal ou formal)".

Então nos aparece o questionamento: mas quais as características de um líder? O que devo fazer para ser um líder? A liderança é, na verdade, um estilo pessoal, porém, atravessada não apenas pela habilidade de lidar com pessoas, como também pelas situações e contextos onde estas acontecem. Sendo assim, uma postura de líder não precisa necessariamente excluir a postura de chefe.

O bom líder é aquele que sabe dosar sua porção de liderança de forma a criar abertura suficiente para, sendo exigido pelo contexto, utilizar seu lado "chefe" sem que isso, na verdade, seja prejudicial ou afaste as pessoas com as quais convive. É assim também que podemos diferenciar o conceito de liderança e poder. Ambos os conceitos tratam de uma influência no comportamento do outro, porém, diferindo-se na forma e objetivo. Como assim?

Como já mencionado, a liderança é algo não necessariamente advindo de alguém que ocupe uma posição hierarquicamente superior a outrem. Já o poder é um conceito exercido de cima para baixo e, ainda, em prol de um objetivo individual daquele que o exerce e não do que pretende ser alcançado pelo grupo, como ocorre na liderança. Sendo assim, apesar de próximos e, por vezes, até mesmo entrelaçados, liderança e poder vão lidar com a complexa subjetividade humana, sendo conceitos, portanto, relativos / subjetivos. Desta forma, um líder não é aquele que detém um poder necessariamente formalizado, assim como, nem sempre aquele que alcança seu objetivo por meio de uma relação de poder é aquele que detém a liderança do grupo.

Estando definido o conceito de liderança, vamos à figura do líder. Entendo que o mesmo, além de ter sensibilidade e percepção aguçadas, deve ser aquele capaz de contextualizar as situações onde precisa atuar, favorecendo assim a visão do todo, de forma a possibilitar o exercício da empatia - se colocar no lugar do outro. Neste mecanismo, o líder é aquele que, exercendo sua habilidade de lidar com pessoas, atrelado às características mencionadas, sabe das necessidades de cada indivíduo da sua equipe, bem como o que os caracteriza. Assim, entende todo o contexto, consegue aproximar os membros da equipe, fazendo brotar de dentro de cada indivíduo a vontade própria de seguir o que diz, o que orienta e assim por diante.
É exatamente isso. O líder é aquele que, em sua essência, serve de exemplo para os demais, sua forma de agir, seus valores fomentam nas pessoas o que elas têm de melhor e desta forma, exercendo uma influência positiva para com os demais, além de agregar valor pessoal. Enquanto exercício de sua função social possibilita o alcance enfim, do objetivo do grupo, qual seja, produtividade válida e resultado eficaz.

Por Priscila Barros para o RH.com.br