sábado, 2 de abril de 2011

Pau que nasce torto, morre torto ?


Admitir que este provérbio está correto é negar que somos seres em busca da evolução. Podemos nascer tortos, mas as experiências da vida e a Educação nos podem melhorar e muito. Esse post é dedicado aquelas pessoas que sofrem da síndrome do  eu nasci assim, eu cresci assim e vou morrer assim”

Por que sou o que sou ?
Por: Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Muitos continuam sendo o que são até o final de seus dias, ignorando a existência em si mesmos de tão extraordinária potência transformadora e assimiladora.

A árvore é como é porque não tem consciência de seu poder fertilizante, nem de sua condição de existência animada. Carente de mobilidade, ela nasce, vive e morre no mesmo lugar, e só é sensível às mudanças de estação ou aos fatores que contrariam a normalidade de suas funções naturais. O animal a sobrepuja por sua organização biológica e suas possibilidades de movimento e configuração instintiva; porém, ao não conter em si possibilidades conscientes, cumpre o mesmo destino prefixado para sua espécie.

O ser humano, por sua própria vontade e inteligência, pode, ao contrário, transformar sua vida, superar sua própria espécie e alcançar, pela evolução consciente, os graus mais altos da perfeição, meta ideal em cuja cúspide a alma encontra desvelados para si os mistérios que antes a preocuparam e que, por serem indecifráveis para a inteligência comum, a mantiveram na ignorância, sem conhecer, e muito me­nos compreender, o Pensamento Criador de toda a existência universal. Mas esse poder permanece latente, is­to é, sem possibilidade de manifestação dentro do ser, enquanto não tome contato com uma força superior que o desperte do letargo interno.

Força superior é a que emana de inteligências supersensíveis, assistidas pela Lei da Sabedoria e facultadas para promover, em outras, fases de conveniente desenvolvimento, em ordenadas e pacientes aprendizagens.

O ser, despertado para realidades da índole citada, sente – e deve senti-lo por imperiosa lei de freqüência e de colocação – que se acendem nele novas luzes. São elas, pois, que haverão de iluminar-lhe o caminho, permitindo-lhe descobrir dentro de si mesmo possibilidades de um tipo diferente.

Ao conectar-se à força superior a que me referi, serão despertadas, por lógica gravitação de sua influência, as potências adormecidas do entendimento. Isso ocorrerá à medida que o processo transformador se vá realizando, e que a consciência se afirme numa fase plenamente evolutiva, não esquecendo que "Quem quiser chegar a ser o que não é deverá principiar por não ser o que é", como adverte o princípio logosófico.

Deixar de ser é deixar de existir, chame-se a essa existência de ser vivente, estado psicológico, estado de cons­ciência, de coisa, de tempo ou de lugar; é fechar um capítulo da existência para abrir outro, no qual se começa a ser de outro modo.

Fácil será compreender, agora, que dizer "Por que sou o que sou?" vale tanto como dizer: "Ainda não tentei ser outra coisa". Muito prontamente, porém, você deixará de ser o que é, se se propuser mudar as velhas modalidades por outras novas e melhores, e, sobretudo, se começar a viver uma vida de enriquecimento moral, intelectual e psicológico capaz de mudar a anterior, que, ao que parece, já não satisfaz a seu entendimento.

Trechos extraídos do livro Diálogos págs. 160 e 161.

Avaliar é difícil, como você vê a avaliação ?

Avaliar não é tarefa fácil, exatamente por seu alto nível de subjetividade. O que para o docente pode parecer fracasso, se não forem analisadas as nuances do processo de aprendizagem, para o estudante pode ser um avanço ao se auto-analisar, conhecendo suas limitações.


Subjetividade, um novo paradigma ?


Esse texto foi tirado de um artigo que achei interessante e resolvi postar algumas partes, ele fala sobre subjetividade, focando a sociedade contemporânea.
A emergência da subjetividade ocorre quando as ciências por siso não dão conta de um universo maior do homem no contexto em que ele vive sem fazer oposição do homem x objeto. Nos vários campos das ciências humanas observa-se hoje uma tendência em se redefinir os discursos em torno das idéias de verdade/falsidade,objetividade/subjetividade como forma de trazer uma nove dimensão na relação sujeito/objeto. O sujeito seja ele em si ou a sociedade, não existe sem o outro; objetivamente o objeto não existe especificamente sem que o sujeito dele fizesse parte.
O termo subjetividade veio a englobar o que antes nós chamávamos de ser humano, psiquismo, eu- privado, homem íntimo, indivíduo psíquico... e ele caracterizar esta relação sujeito/objeto não numa dimensão de pólos contrários , mas das relações que os mantém . O sujeito se constitui numa relação com o outro sujeito e é construído pela integração do sujeito psíquico que tem uma história individual e portanto desejos, sonhos e fantasias, e o sujeito social, concebido como o sujeito da história social que a produz e dela recebe as transformações necessárias.
Esta subjetividade traz embutida a própria questão da realidade, pois, o que se constitui um fato real muitas vezes não é o que se vê mas o que parece ter se visto. Hoje os paradigmas da ciência buscam entender esses espaços da ordem e da desordem, numa complexidade em que o homem é chamado não mais a desvendar os mistérios desta realidade , mas sim a se compromete com esta mesma realidade na medida em que dela ele faz parte. O sujeito passou a ter um novo lugar como produtor do mundo em que vive e ele pode e deve ter visão desse mundo diferenciada do outro, como já nos falava Fernando Pessoa em sua poesias sobre mundos diferentes.
A partir dos últimos anos tivemos modificações consideráveis no cenário mundial, identificadas seja na globalização, seja no campo da política, da economia e até mesmo da religião. Essas mudanças trouxeram mudanças , também, no que se entende pelo sujeito que a produz ou que dela recebe os benefícios ou prejuízos. Por exemplo, as novas concepções de trabalho oriundas , em especial, pelas novas relações do homem com o mesmo, a partir os avanços científico-tecnológicos apresentam como conseqüências mudanças significativas, como o homem que construiu a máquina pode ser dispensado por ela. Pergunta-se: o que significa, hoje, o homem trabalhador ? Quem é o responsável por sua formação enquanto sujeito dessa história ? Se ele não é mais uma peça da engrenagem como no filme Tempos Modernos que papel ele faz , hoje, no cenário da nossa sociedade ?  Essas perguntas coexistem quando reflito tanto sobre as questões da relação educação-trabalho, como as questões referentes à construção da subjetividade para os tempos da modernidade. Aqui estamos diante de uma relação subjetividade e cidadania.
A Psicologia quando nos traz questões para reflexão do indivíduo e do grupo, das formas de desenvolvimento e de aprendizagem, do compromisso dessa ciência com o homem há que repensar-se como ciência no papel que a subjetividade adquire na sua concepção psicológica da educação.
A sociedade contemporânea nos mostra que as reivindicações das singularidades subjetivas não podem ser mais atendidas em termos de uma universalidade de subjetividade. Temos que dar conta de criar alternativas para a interatividade e a emergência criadora da subjetividade. Tanto na pesquisas sobre valores, quanto na de formação de professores estamos diante de impasses que chamam para a necessidade da reflexão da subjetividade, como, por exemplo, trabalhar a questão da autonomia. O que é autonomia para os jovens ? Como trabalhar a autonomia do professor, em termos de sua formação para o seu desempenho futuro em sala de aula ? As fronteiras entre sujeito/objeto ficaram menos demarcadas; as repercussões do sujeito coletivo são vistas mais como explosões políticas do que reivindicações do sujeito social; a organização da educação privilegiando mais o geral , o total do que o individual e o particular ainda não aderiu a noção do que se entende por subjetividade. Ela , a educação, deveria ser reconhecida como um espaço da singularidade que deve promover as igualdades das oportunidades, mas respeitar as diversidades da homogeneidade. É exatamente nessa diferença que reside o espaço da subjetividade, da construção de identidades coletivas e individuais que não podem ser ancoradas como novas bandeiras dos educandos mas sim como novas perspectivas pedagógicas/sociais emergentes da e na formação do cidadão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Psicologia do Senso Comum e A Psicologia Cientifica

Geralmente as pessoas têm o costume de usar termos da psicologia para dar resposta a determinadas situações. Essa “psicologia” é a chamada psicologia do senso comum.
Na psicologia do senso comum, utilizam-se termos advindos da psicologia cientifica. Tais como: Histérica, neurótica, depressiva, etc., esses termos são usados porque se sabe o seu significado, ainda que, superficialmente.
Já a psicologia cientifica, apresenta a definição adequada do que está sendo afirmado. Ou seja, é feito um estudo minucioso para que se possa dar um diagnóstico preciso, bem como o tratamento adequado.
Algumas situações do cotidiano fazem com que as pessoas utilizem da psicologia do senso comum. Por exemplo: quando alguém se encontra numa situação difícil ou de muita tristeza, aparece aquele ouvinte que até arrisca diagnosticar a ocorrência de uma depressão e, dar uns conselhos afim de que a pessoa problemática saia da “depre”.
Segundo o autor do artigo “A psicologia dos psicólogos”, não existe apenas uma psicologia, existe, porém, ciências psicológicas. Isso se deve ao fato de que a psicologia está sempre investigando métodos de tratamento que se adequem a determinada situação. Por isso, o autor afirma: “a psicologia varia de sociedade para sociedade, de cultura para cultura”.

http://hdassessoriaacademica.blogspot.com/
Hellen Dias
A psicologia do senso comum


O senso comum é o conhecimento que adquirimos ao longo da vida através de experiências cotidianas, ele é baseado em tentativas e em erros, e não é preciso aprofundar-nos para obtermos resultado. Por exemplo, uma criança fala pra mãe que está tremendo de nervosa porque viu um cachorro ser atropelado; a mãe utiliza da psicologia do senso comum para acalmar o filho e serve um copo de água com açúcar e diz a ele: toma devagarinho que passa, respira fundo.


A psicologia científica



Ciência é um conjunto de conhecimentos sobre aspectos da realidade que necessitam de comprovação de sua validade, suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para poderem ser considerada válidas por todos. Um conhecimento para ser considerado científico requer um objeto específico de estudo, por exemplo na Astronomia são os astros, na Biologia são os seres vivos isso mostra que é possível isolar o objeto de estudo e tratá-lo com uma certa distância. O objeto específico, a linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento e a objetividade fazem do senso comum inferior à ciência.


Objeto de estudo da psicologia.

Como falei anteriormente, a psicologia requer um objeto de estudo para que seja considerado científico, mas é preciso uma certa cautela para que o objeto não seja confundido com o observador. A diversidade de objetos da Psicologia é explicada pelo fato de ter-se constituído como área de conhecimento científico recentemente, no final do século 19, e por ser uma ciência nova, ela ainda não teve tempo de apresentar teorias acabadas e definitivas para que seja determinada com exatidão. Esta diversidade de objetos também pode ser explicada através de fenômenos psicológicos, que são tão diversos e, não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação não podendo assim ser sujeitos aos mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação pois ao estabelecer estes padrões ele já está definindo um objeto, que complexo não?!


A subjetividade como objeto da psicologia


A subjetividade é uma síntese singular e individual que cada um de nós vai constituir conforme experiências vividas; é uma síntese que nos identifica, de um lado por ser única, e nos iguala de outro, na medida que os elementos que a compõem são experienciados no campo comum da objetividade social. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um, ou seja é a singularidade.  A subjetividade é automoldável, pois o homem pode promover novas formas de subjetividade, recusando-se a ser do jeito que costumava podendo até participar diretamente na construção do seu destino e de sua coletividade. Estudar subjetividade é tentar compreender a produção e a evolução de novos modos de ser, o estudo dela possibilita descobrir as relações do cultural, do político, do econômico e do histórico na produção do mais íntimo e do mais observável no homem.


terça-feira, 29 de março de 2011

Prof° Luciana Holanda em...

... Consulta particular ! haha 

Galera, essa charge foi feita por um colega, estudante de Direto da Ufersa, conhecido como: ''C.M''
(Chargista Misterioso). Achei interessante e resolvi compartilhar!

Constantemente inconstante ?!





Apesar de ser ficção o filme: ‘’um amor pra recordar’’ é um bom exemplo de como as pessoas podem mudar quando é preciso. No caso do filme, a mudança acontece por causa de um grande e verdadeiro amor. O filme retrata a história de um adolescente rebelde chamado Landon Carter, que está sempre se metendo em confusões, até que um dia ele conhece a magnífica Jamie Sullivan, uma jovem estudiosa e compenetrada, por quem acaba se apaixonando. De princípio os jovens pareciam não ter muito em comum, mas Jamie acaba ensinando Landon a ver o mundo com outros olhos e a viver intensamente, mostrando-lhe acima de tudo a importância da fé em Deus e de outras coisas que até então Landon ignorava. Com o tempo, a jovem Jamie percebi a mudança que conseguiu fazer em Landon e decidi então contar para ele da existência de sua doença, a leucemia. Ele não desiste de sua amada e luta a cada segundo para que ela consiga sobreviver além do tempo pré-determinado. Eles se casam e depois de uma pequena temporada Jamie acaba falecendo.

Um amor pra recordar, é sem duvidas um filme fantástico e encantador e nos mostra claramente como todos nós estamos abertos a mudanças e a transformações, é tudo uma questão de escolha. O filme deixa uma lição para todos que o assistem, e mostra acima de tudo que qualquer indivíduo pode curar-se da epidemia descrença de permanecer estagnado com os mesmos princípios, para então seguir no caminho da luz com a mente aberta ao novo.

''Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto''

''Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto''  é um provérbio popular que iremos discutir nesse novo post.

Nós, seres humanos, possuimos um conjunto de traços herdados pelos antepassados, e essas caracteristicas quando entram em contato com o meio ambiente, têm um resultado específico e individual. Se pararmos para pensar em todas as nossas aptidões, vamos perceber que eles não são transmitidos por hereditariedade biológica, e sim adquiridos no decorrer da vida.

Nossa consciência reflete o mundo subjetivo. A consciência, sentimentos, emoções e o inconsciente podem ser reunidos no que é chamado de subjetividade (mundo interno), pela psicologia.

Sabendo dessa informações, podemos voltar a questionar o provérbio citado. Acreditamos que esse provérbio abandona por completo a noção de ''ser histórico- social'',  pois supõe que o homem não se transforma durante sua vida. As experiência adquiridas durante toda a jornada vivida pelo indivíduo de nada influenciam e acabam sendo inúteis, sem interferência nenhuma sobre o ser que nasce. O ser que morre deve ser pensado como resultado de toda uma vida real, de todo um conjunto de condições materiais experenciadas, que determinam o desenvolvimento do ser que nasceu.

domingo, 27 de março de 2011

A psicologia


A psicologia do senso comum

Podemos definir senso comum como um conhecimento que acumulamos no nosso cotidiano, é algo intuitivo e espontâneo. Essa sabedoria do senso comum vem da tradição, que quando incorporada no cotidiano, passa de gerações para gerações. Em síntese esse tipo de conhecimento serve para facilitar nossas vidas. Você já parou para imaginar se todas as vezes que fossemos atravessar a rua usássemos uma máquina de calcular ou uma fita métrica? E descobrir diariamente que para aparelhos elétricos funcionarem, eles necessitam de eletricidade? Sem essa visão de mundo concedida pelo senso comum, viver se tornaria algo muito complexo e os avanços sociais se tornariam muito lentos.

A psicologia cientifica

A ciência é composta de um conjunto de conhecimentos sobre aspectos da realidade, expresso por uma linguagem precisa e rigorosa. E os dados colhidos devem ser aptos a possíveis verificações de sua validade. A ciência possui algumas características como: objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas especificas, processo cumulativo de conhecimento e objetividade.
Ma s é importante salientar que o homem não só se utiliza do saber cientifico e do senso comum como formas de conhecimento. Existem ainda a arte, a religião e a filosofia como grandes formas de descobrir e interpretar a realidade.

Objeto de estudo da psicologia

A psicologia possui uma grande diversidade de objetos de estudos. Essa afirmação é explicada  por alguns motivos, como o fato da psicologia ter-se constituído como área de conhecimento científico muito recentemente, e outro fato  que podemos citar, é a clara confusão causada quando se confundi o cientista – o pesquisador– com o objeto de estudo a ser pesquisado. No sentido mais amplo o objeto de estudo da psicologia é o homem, e neste caso o pesquisador está inserido na categoria a ser estudada. Por isso a psicologia hoje é caracterizada como possuidora de uma diversa gama de objetos de estudo.

A subjetividade como objeto da psicologia

A psicologia colabora com o estudo da subjetividade, sendo esta sua forma particular e especifica que contribui para a compreensão da totalidade humana.
Subjetividade é aquilo que esta dentro de nós, é algo singular e individual de cada indivíduo que vai se constituindo e se desenvolvendo conforme experiências sociais e culturais.  Essa subjetividade é algo que nos identifica e ao mesmo tempo nos generaliza, igualando-nos como no campo da objetividade social.
A subjetividade também pode ser tida como visível, quando se trata de nossos comportamentos, ou seja,  expressões emitidas  através de linguagem oral, escrita e corporal como o choro, o sorriso etc.
Demos então reforço a utopia de que cada homem pode participar na construção do seu destino e de sua coletividade. O mundo está em constante movimento e transformação, e como diz nossa dignissima Clarice Lispector ...

"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."