sábado, 19 de março de 2011

A Psicologia da Ciência e Senso Comum!


A idéia de que todo cientista é uma pessoa de inteligência incontestável é amplamente divulgada pela mídia e essa divulgação não é gratuita. Com essa imagem de “ser superior” o cientista torna-se um formador de opinião, induzindo o pensamento das camadas populares e vendendo produtos nos comerciais de televisão. Só que a realidade passa longe disso.

Um indivíduo é considerado cientista quando se especializa em um determinado assunto e essa especialização parte de um conhecimento prévio do indivíduo. Em outras palavras, todo indivíduo dotado de um conhecimento prévio comum a todos pode buscar uma especialização. Mas o que é esse conhecimento prévio?  É o que se costuma chamar de senso comum.

Pode-se dizer que senso comum são os conhecimentos adquiridos ao longo da vida que independem de um treinamento científico. Em contrapartida, não existe treinamento científico sem base no senso comum. Este é o aperfeiçoamento daquele. É como o origami. Aprender a fazer dobraduras é especializar-se no ato de dobrar um papel, mas dobrar papel todo mundo sabe. A especialização consiste nas formas e seqüências que devem ser dobrados os papéis.

Diz-se que a ciência, ao contrário do senso comum, não acredita em magia. Como explicar então o fato de um médico (cientista), por exemplo, ter uma determinada crença ou religião? Não deveriam ser todos os médicos ateus? A crença de um médico religioso está enraizada no seu senso comum. Este senso não o abandona durante o treinamento científico porque o treino surge a partir do senso comum e não contra ele.

Todo ser humano é passivo de crer em magia, consciente ou não. Quem nunca bateu três vezes na madeira, rezou para São Longuinho (e depois deu três pulinhos) ou deixou de passar embaixo de uma escada porque dá azar ? Quem só dorme com as portas do guarda-roupa fechadas, assopra os dados antes de lançá-los ou não deixa chinelo virado nem por decreto (olha que a mamãe morre, hein?) ?

Problemas relacionados tanto ao senso comum como a ciência necessitam de soluções. E é a capacidade de solucioná-los que dá destaque ao indivíduo.

O senso comum e a ciência partem do mesmo princípio: a necessidade do homem de compreender o mundo e a si mesmo. O ser humano, por milhares de anos, viveu numa sociedade em que não havia ciência e mesmo assim deu continuidade ao processo de evolução. É preciso compreender que sendo a ciência um refinamento do senso comum, devemos então respeitá-lo e não desprezá-lo, já que esse serve de ponto de partida para aquela.

Na minha opinião, a ciência é um refinamento do senso comum, pois o senso comum serve de ponto de partida para a ciência, isto é, através dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, todo o indivíduo dotado de um conhecimento prévio comum a todos pode buscar uma especialização. Só refletimos e agimos quando nos deparamos com um problema e são eles que nos levam a pensar. Só buscamos soluções na medida em que os problemas aparecem. Sendo assim o senso comum e a ciência se complementam. O senso comum dando a base para a solução dos problemas, através de experiências vivenciadas e a ciência buscando através de um estudo aprofundado do conhecimento a busca das soluções para os mesmos.


'' A ciência é apenas senso comum treinado e organizado ''
(Thomas Huxley)

   

quinta-feira, 17 de março de 2011

Subjetividade x Objetividade

 Acredito que ' Objetivar a subjetivade e subjetivar a objetividade' está relacionado com o 'limitável' e o 'ilimitável'. Sendo que objetivar consiste numa ponderação do subjetivismo, ou seja, impor certos limites na vazão genérica permitida pelo subjetivismo humano. 
   Quando objetivamos a subjetividade, estamos transmitindo manifestações concretas, pois estamos materializando os aspectos invisíveis da subjetividade. E quando subjetivamos a objetividade, construimos sentido para vivenciar as experiências. Na vida real podemos exemplificar com o fato de uma mesma palavra ter significados diferentes para diferentes pessoas.  Cada indivíduo subjetiva o sentido da palavra, interpretando-a e dando-lhe significado conforme seu mundo interno. E tudo esse significado, acaba sendo forjado por situações ja vivenciadas por cada um de nós.
 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Objetivar a subjetividade e subjetivar a objetividade!

  A psicologia colabora com o estudo da subjetividade, e é essa a sua forma particular e específica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida humana.
  O conceito de subjetividade é extenso e encontra diversas definições que diz respeito ao sujeito definido como ser pensante, como consciência, por oposição a objetivo. O mais comum é contrapor com a “vida objetiva”, explicitando duas dimensões fundamentais da condição humana: a objetividade (externa, material, coletiva, prática) e a subjetividade (interna, espiritual, individual, emocional).
   Em síntese, a obejtividade é considerada como fonte de manifestações afetivas e comportamentais, onde está em constante processo de modificação, ou seja, é totalmente dinâmica. Já a objetividade é a expressão visível  que damos aos aspectos internos, como nossa escrita, nossa linguagem etc.
   Podemos apartir de então afirmar que nos tempos atuais, estudar subjetividade será compreender a produção de novos modos de ser no âmbito mais íntimo e observável do ser humano.




Dia 02 de março de 2011, Luciana Nepomuceno de Holanda, professora de Psicologia, nos passou a tarefa de construir um blog que conteria postagens de todos os assuntos estudados em sala, com uma relação critica e criativa dos aspectos cotidianos.